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Obituary: Peter Alexander

A philosopher focused on how we perceive and explain the world

Andrew Pyle
The Guardian, Tuesday 9 May 2006
Article history

Fonte: http://www.guardian.co.uk/news/2006/may/09/guardianobituaries.highereducation

For a quarter of a century, the philosopher Professor Peter Alexander, who has died aged 89, did outstanding work at Bristol University, both as a teacher and a researcher. While his interests were varied, he focused on two particular aspects of how we apprehend the world.
His first major concern was the nature of scientific explanation. The prevailing orthodoxy in the philosophy of science of the 1950s and 60s was logical positivism, a school that derived its account of science from the sensationalism of Ernst Mach. Such philosophers either rejected explanation outright as a goal for science, arguing that it offers only an economical redescription of the phenomena, or sought to explain explanation as no more than deduction from established empirical generalisations, as in the famous "deductive-nomological" model of Carl Hempel.
Alexander sought both to understand the sources of this conception of science and to show its inadequacy. He wrote a series of important articles (on Duhem, Hertz, Mach, Pearson, Poincaré, conventionalism and sensationalism) for Paul Edwards' great Encyclopedia of Philosophy (1967) and contributed a chapter on Philosophy of Science, 1850-1910, to DJ O'Connor's History of Western Philosophy (1964).
In his first book, Sensationalism and Scientific Explanation (1963), Alexander attacked the sensationalist's account of science as failing to do justice to the crucial explanatory role played by theory (and thus very often by the postulation of unobservable theoretical entities) in scientific explanations worthy of the name. Alexander's work thus made a contribution to the decline of the positivist orthodoxy in the philosophy of science and its replacement by the doctrines of scientific realism, in which inference to the best explanation plays a crucial role.
In the 1970s, Alexander's attention turned to the philosophy of John Locke. At that time, a strange parody of Locke's views (largely derived from George Berkeley's often unfair criticisms) was taught to students, who were left with the impression that Locke held an inconsistent and muddled sort of semi-empiricism, hardly worthy of serious philosophical engagement. Returning to the text of Locke's Essay Concerning Human Understanding, Alexander became convinced that Locke's views on many topics had been seriously misrepresented, and were far more coherent and defensible than generally reported. In a series of important papers Alexander proceeded to set the record straight.
On the distinction between primary and secondary qualities, Locke is generally represented as having characterised such qualities as red, hot and sweet as secondary qualities. When they turn out to be subjective or perceiver-dependent ("in the mind", in Berkeley's notorious phrase), we have the beginnings of a slippery slope argument leading to idealism. But, Alexander reminded us, Locke consistently distinguishes qualities in bodies from ideas in the minds of perceivers. Red, hot and sweet are mind-dependent, and are therefore not secondary qualities but ideas of secondary qualities.
The secondary qualities themselves are perfectly objective powers in bodies to cause those sensations in appropriate observers. The powers are themselves grounded in objective "textures" (arrangements of corpuscles) in the bodies. This reading of Locke both sets him in his proper historical context (as a contemporary of Robert Boyle and Isaac Newton) and enables us to see the close affiliation between his views and those of later scientific realists. This argument is most fully presented in the book Ideas, Qualities and Corpuscles: Locke and Boyle on the External World (1985), now accepted as a classic in its field.
Alexander was born in Ashford, Middlesex, but was raised in Canada, returning to England in 1932 as a cabin boy on the SS Romanby. After working for some years as a laboratory assistant and assistant chemist in the food industry, he took a BSc in chemistry with physics in 1940 from the Regent Street Polytechnic, London (now part of the University of Westminster). In 1947 he graduated with a BA in special philosophy from Birkbeck College, London, before getting his first academic post in 1949 at Leeds University. In 1957 he moved to Bristol, where he was lecturer (1957-60), reader (1960-71) and professor (1971-82). He was treasurer of the Mind Association (1964-70), president of the Aristotelian Society (1984-85) and president of the British Society for the Philosophy of Science (1987-89).
In addition to his major works, Alexander wrote on a variety of other subjects: logic and humour (eg in Lewis Carroll), absolute versus relational theories of space, the nature of explanation in Freudian psychoanalytic theory, and the significance of utopian thinking in political philosophy.
Alexander was a superb teacher, both as lecturer and as tutor and supervisor. His undergraduate lectures worked on the "iceberg principle", always giving the impression of a vast reserve of learning beneath what was on public display. But it was as a postgraduate superviser that he came into his own. He read everything twice, carefully, making meticulous comments not just on content but also on grammar and presentation. He possessed, in very large measure, the rare quality of intellectual conscience, a concern for truth and accuracy that brooked no compromises. He would think nothing of spending two hours with a postgraduate student poring over the pages of Locke or Boyle -before heading off for a well-earned pint of real ale in the senior common room.
Outside philosophy, what else mattered to him? Music, beyond any doubt, was an important part of his life. His wife Caryl, who died in 1996, was a clarinetist and music teacher; his son Meyrick became a professional musician. Beneath his somewhat reserved manner, he had a great love of wit and humour, puns and paradoxes. He admired both the literary craft and the psychological insight of Henry James. And he was a devotee of real ale even before Camra came to prominence, never travelling to a conference without his Real Ale Guide.
After retiring in 1984, he remained philosophically active, giving his last formal paper at the Centre Nationale des Recherches Scientifiques in Paris in 2004, and submitting his last article to Locke Studies in 2005.
· Peter Alexander, philosopher, born January 2 1917; died March 15 2006

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Sobre o ser e o não ser

Por Samir Gorsky

Ao optar pela existência de algo não excluímos o nada. O nada fura o existente e se põe positivamente no meio do ser. O não ser está mesclado ao ser quando algo é tomado como existente. Todavia o mesmo não acontece quando o não ser é afirmado. O nada impera e o ser passa a não ter sentido. De qualquer forma o não ser é insuperável. O nada estará no mundo não importanto se o mundo existe ou não.

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Sobre o "existir"







Por Samir Gorsky

Estou a pensar em uma mesa. Abro os olhos e vejo a mesa em minha frente. Constato, portanto, que pensei em algo que existe. Toco a mesa e descubro que não é uma alucinação visual. Fecho os olhos novamente, penso na mesa e me vem uma dúvida. Será que a mesa que estou a acessar em meus pensamentos é a mesma mesa que vejo quando abro os meus olhos. Provavelmente não. É possível que meus pensamentos só consigam acessar uma mesa muito parecida com a mesa real e que a mesa que eu acesso pelos pensamentos nem exista. Eu não penso a mesa e sim a representação da mesa. Neste caso a representação da mesa, enquanto pensamento, existe ou não? Sim. A representação é evidente em meu pensamento. Qual critério usei para determinar a existência tanto de meus pensamento quanto de minhas sensações?
Se for o caso posso optar pela negativa se disser que a mesa em minha frente não existe e que só existe um fenômeno de mesa, uma representação sensível ou mental de mesa. Posso ainda ser mais radical e dizer que não existem nem mesa nem representações de quaisquer espécies. Esta posição me parece insustentável se não for possível aceitar a existência de pelo menos um objeto ou conceito ou o que quer que seja. A não existência do tudo é inconcebível e irracional, pois significa que eu não escrevi um texto e que você não o está lendo. Portanto temos que postular a existência de pelo menos um objeto (conceito, pensamento, etc.).
Dada a existência de pelo menos um “objeto” podemos continuar a pensar o que é existir.
Existir pode ser refletir o objeto que existe necessariamente (deus me livre de estar me referindo a deus neste momento). O objeto necessariamente existente pode não ser deus. Este objeto causa a existência dos demais num sentido lógico. Postular a sua existência não é dar a sua prova, mas sim dar a condição de existência do discurso aqui presente.
É "possível" que o nada seja tudo. É possível também que o nada seja a única coisa que realmente existe. Pense como que o tempo parece nadificar todas as coisas...Grifei o termo possivelmente. Logo não estou me posicionando concretamente. Se o nada é tudo, então você não está lendo este texto pois ele nem existe. O tempo nos mostra isto. O presente é a unica coisa existente. O futuro não existe ainda. O passado não existe mais. Mas o presente é a passagem do futuro para o passado. A passagem do que não existe ainda para o que não existe mais. O presente é ainda um instante infinitamente pequeno e fugaz. Um nada entre dois nadas. (ver Agostinho, Confissões acho que cap. 11)

O ponto é que....o nada absoluto só tem sentido se o texto aqui presente não existir. Porém, estou lendo algo e, portanto não posso conceber o nada absoluto. Talvez o leitor e o texto seja uma só realidade. Podemos ainda sustentar o nada relativo. Ou mesmo negar o presente texto. A posição mais radical exclui toda a filosofia possível. É até possível uma posição mais radical. O nada é tudo. Então toda verdade só poderá ser expressa pelo "silêncio". "Do que não se pode falar deve-se calar".Neste caso eu não penso em mesa alguma, eu não vejo nem constato mesa alguma. Eu nem se quer posso existir. Quanto mais escrever um texto sobre a existência. Se eu não existo você provavelmente não existe. Somos parte do nada absoluto. Nadificar o mundo é inconcebível. Todavia é tão real quanto coisificá-lo. A opção é de cada um e a grande maioria das pessoas coisificam o mundo sem nem se quer se questionar. Não sabem que o coisificam. E jamais verão que existe liberdade de escolha. Tudo ou nada é questão de escolha.


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Tipos de Conhecimento

Por Samir Gorsky

Existem duas espécies de conhecimento. O processual e o classificatório. O conhecimento processual é caracterizado como resultado do raciocínio e da criatividade. É o entendimento e a criação de processos. O classificatório e baseado na memória e na percepção. É o entendimento orgânico e estático. Esta divisão do conhecimento em duas espécies é abstrata e ideal. Os exemplos reais de cada espécie apresentam apenas um predomínio de um ou de outro tipo. Para exercer a classificação sobre um conjunto de objetos é necessário que o sujeito entenda certos processo. O raciocínio neste caso é o aparato dinâmico. É o conhecimento dinâmico para objetos ou conceitos dinâmicos. A nomeação e organização é da ordem do classificatório. A criatividade também possui características predominantemente dinâmicas. Porém as estruturas gerais do raciocínio e da criatividade podem ser compreendidas a partir da nomeação, classificação e memorização. O desenvolvimento, em termos de conhecimento, ou seja, a aprendizagem se dá de maneira gradual, dialética e do simples para o complexo a partir das duas espécies de conhecimento. As duas espécies conhecimento desempenham importantes papeis na aprendizagem, e portanto, não é possível o conhecimento sem a presença de ambas. O conhecimento classificatório se dá pelo reconhecimento de semelhanças e diferenças entre os objetos. A disposição e escolha dos nomes dos conjuntos de objetos classificados são também produtos da criatividade. A criatividade, por sua vez, é a faculdade que necessita do maior número de faculdades da mente humana. Ela é tão dinâmica quanto a filosofia e a linguagem. O conhecimento processual-classificatório é um conhecimento algorítmico organizado. A criatividade é o processo dual da aprendizagem. Uma pessoa que possui um conhecimento apenas processual é como uma pessoa com transtorno de Asperger que consegue fazer cálculos astronômicos sem saber explicar como estes são feitos.

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Anselmo e a existência de Deus

Por Samir Gorsky

Anselmo, filósofo medieval, errou em seu argumento sobre a existência de Deus não somente por considerar que a existência efetiva participa da idéia de perfeição, mas também porque não notou que, se existe o conceito de imperfeição, então Deus deve possuí-la de forma perfeita.

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