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Puzzle's Theory

The theory of the puzzles (or Puzzle's theory) is the research on the fundamental structures responsible for the emergence and dissolution of the problems and riddles in general. This area of knowledge is being originally developed by me Samir Gorsky since January 2008.

The puzzle's theory involves the following subjects:

Philosophy, Logic, Math, Game Theory, Psychology, Computability

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A realidade e a contradição

Por Samir Gorsky

Ouve-se muito a seguinte expressão "as contradições da realidade" (ver Russell Os problemas de filosofia). A realidade em si não é contraditória, a nossa concepção sobre a realidade é que pode ser. Às vezes as atividades dos seres humanos devem ser guiadas por uma crença no absurdo. O bem e o mal são também conceitos estéticos, pois se concatenam facilmente aos sentimentos ou sensações. Daí a sua não racionalização satisfatória.

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Paradoxo do exame surpresa: argumento cético

Pode-se explicar a falácia do argumento dos alunos no paradoxo do exame surpresa sustentando-se que eles não podem saber, mesmo na quinta feira, se haverá ou não exame na sexta. Este argumento é descrito por Jonathan Dancy no livro Epistemologia contemporânea p. 25. da seguinte maneira:

"O argumento a partir do erro expõe as consequências desta abordagem para a epistemologia. Suponhamos que eu afirmei ontem que sabia que iria chover à tarde, pelos motivos normais (previsão do tempo, ajuntamento de nuvens, etc.), mas que afinal estava enganado. No momento da minha afirmação, o facto de que não ia chover transcendia a evidência, tal como deviam ser todas as afirmações acerca do futuro. E isto quer dizer que, se pelos mesmos motivos eu afirmar hoje que sei que choverá à tarde, devo continuar a declarar que sabia ontem que choveria nesta tarde (a despeito da evidência). Se, por outro lado, abandonar a minha afirmação de ter conhecido ontem, não posso fazer a afirmação de que sei hoje. Pois o único fato que justificaria tal diferença de declaração é um fato que não é acessível; os fatos acerca do tempo que fará à tarde são transcendentes à evidência da manhã. Consequentemente, a minha aceitação de que ontem eu não sabia impede-me de afirmar o conhecimento hoje."

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O que é a filosofia?

Por Samir Gorsky

Newton foi um grande brincalhão... Uma de suas brincadeiras mais interessantes foi a escolha do título de sua principal obra: Princípios Matemáticos da Filosofia Natural. Genial!!! O fato de escolher o termo “filosofia natural” endossou ainda mais a questão da definição do termo “filosofia”.
Em dois dias (de ontem para hoje 23/02/2005) li em três lugares diferentes sentenças referentes à inquietação dos autores em relação à escolha de Newton (um artigo sobre filosofia analítica de François Recanati, um texto sobre o tempo de T. Fraser e agora a pouco um texto de Ivo Korytowski).
De fato podemos questionar se o conteúdo da obra de Newton é realmente filosófico ou não e dada esta questão poderíamos responder que tal título é válido.
Coloquemos então uma outra pergunta a partir da resposta afirmativa à questão da adequação do título da citada obra:
Podemos considerar o conteúdo de tal obra como sendo filosofia ainda nos dias de hoje?
A pergunta acima é equivalente a questão do desenvolvimento da filosofia. O não desenvolvimento filosófico, ou seja, o fato de que a filosofia não anda é uma das visões sobre a filosofia que tem sido muito disseminada. A pergunta, portanto, é equivalente a questão do desenvolvimento filosófico, pois diferentes respostas a ela, leva a diferentes considerações sobre o desenvolvimento filosófico. Com efeito, supondo que algo seja considerado filosofia em uma determinada época e que seja a filosofia algo não “evoluível” teremos então duas possibilidades: 1) A filosofia regride (torna-se mais estrita). 2) O âmbito da filosofia permanece.

De acordo com 2) Léon Brunschvicg (1869 - 1941), notável filósofo do neocriticismo, defendeu em sua obra O idealismo contemporâneo (1905) que não cabe à filosofia aumentar a quantidade do saber, já que esta nada mais é do que a reflexão sobre a qualidade do saber. Todavia, o saber humano está em contínuo desenvolvimento e por esta razão Brunschivicg definiu a história do saber humano como "laboratório da filosofia".

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O PRODUTO DA CRIAÇÃO COMO SOLUÇÃO PARA ALGUM PROBLEMA

Por Samir Gorsky

Esta é a tese: Tudo que é criado resolve algum problema.
Um artista cria uma obra. Que tipo de problema ele quer resolver? Simples. Ele quer resolver o seguinte problema: Como expressar determinado sentimento? Também existe a possibilidade do artista querer causar uma determinada impressão. Neste caso temos: Como causar determinada impressão?
Qual o problema que Deus tentou resolver com a criação do mundo?
Eu acredito que tenha sido o problema do tédio. Tédio esse causado pelo nada profundo de sua existência. Todavia o mundo expressa um nada também. Mas é um nada mais superficial. É um nada, pois não sabemos nada a respeito das intenções de Deus. Apenas fazemos conjecturas. A arte, portanto, é a solução para a angústia da existência. Platão tinha razão quando confabulou que o mundo teria sido produto da arte de algum demiurgo.
Logo, seja para fugir do tédio como para expressar sentimentos ou outras querelas mais práticas, o produto de nossa criação sempre tem como objetivo a solução de algum problema.

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