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Idéias

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por Samir Gorsky


O que é o tempo?

1 - O tempo é algo muito abstrato, para alguns essa pergunta não teria sentido, mas para mim ela é fundamental. O tempo é algo definido pelo fato de termos memória, se não tivéssemos memória jamais saberíamos o que é o tempo, todavia mesmo tendo memória posso dizer que ninguém sabe ao certo o que é o tempo, mas sabemos que é algo denominado por essa palavra, isso já é o bastante.

2 – Defendo que há uma relação bem interessante entre tempo (seus elementos: passado, presente e futuro) e a modalidade da seguinte forma: Tudo que está no passado é necessário, tudo que está no futuro é contigente. Não sei ainda se cabe dentro dessa posição afirmar que ao presente devo relacionar tudo como sendo contigente ou necessário. O presente é o atual.

3 – Continuação do raciocínio que está faltando na demonstração dada.
Tomemos a reta AD de modo que esta seja o raio de um círculo DEF, tendo como centro desse círculo o ponto A [Postulado 3].
O ponto A pertence à extremidade de ambas as retas (AB, AD), como conseqüência dos passos anteriores.
A partir do ponto E, onde o círculo DEF com centro em A e raio AD se intersecta à reta AB, tracemos a reta AE. [postulado 1].
“Um círculo é uma figura plana encerrada por uma linha, de modo que são iguais todas as retas que alcançam tal linha, a partir de um ponto dentre aqueles situados na figura.” [ Definição 15].
A reta C é igual à reta AD (como foi dito no início da demonstração), a reta AD, por sua vez, é igual à reta AE [Definição 15]. A reta C, portanto, é igual à reta AE. [Axioma 1]. Dados a definição 15 e o axioma 1 acima temos que cada uma das retas C e AE são iguais a AD.
Logo, como a reta AE, que é igual a C, está situada na reta AB de modo a recortar esta ultima temos que: Dadas duas linhas retas desiguais, é possível recortar da maior delas uma linha reta que seja igual a menor.

4 – Suponhamos duas sociedades onde, em ambas, a felicidade dos seus integrantes pode ser quantificada.
O índice geral de felicidade em cada uma das sociedades é 50.
Suponhamos agora as duas seguintes divisões dos índices de felicidade em cada sociedade.
a) Sociedade 1 dividia em duas partes.
Parte um: índice de 40.
Parte dois: índice de 10.

b) Sociedade 2 dividida em duas partes.
Parte um: índice de 25.
Parte dois: índice de 25.

Qual das duas sociedades será mais feliz em geral, uma vez que, o índice total de felicidade será 50 nos dois casos?

5 – Por que no dicionário de filosofia não há o termo “criatividade”?

6 – Quando digo que a mente trabalha oscilando entre dois pólos, pode ser que essa afirmação é conseqüência de uma oscilação entre o hemisfério direito e o hemisfério esquerdo do célebro (célebro está escrito assim intencionalmente).

7 – Fibonate não vale para os galhos de pinheiro.

8 – O que não dá certo em um caso pode dar em outro o que justifica a persistência.

9 – Podemos definir uma espécie de “nível lingüístico” a partir da metalinguagem. Este nível representa a quantidade de porquês que foram respondidos.

10 – Um professor deixa a sua pasta em cima de sua mesa e sai, depois chega o aluno, vê a pasta em cima da mesa do professor (no primeiro dia de aula, e este aluno nunca tinha visto o professor antes) e induz que o professor já chegou.
Esse fato não ocorre isoladamente, para termos uma idéia do que acontece teríamos que prestar atenção às crenças tanto culturais quanto divergentes que produziram essa situação. Mas nada impediria que tal indução ocorresse puramente pela imaginação criadora, supondo, por exemplo, que tal aluno não conhecesse as regras daquela cultura na qual existe uma mesa para o professor. Se dissermos que isso é improvável, estaremos tomando uma posição cultural que informa esta crença.
Entretanto, reduzir ao cultural o conjunto de nossas crenças não é o que se pretende quando analisamos uma questão como esta.

11 – Potencialmente qualquer pessoa pode ser qualquer coisa.

12 – Para entender a tese que contrapõe a tese murileana ao comentadores é preciso pensar que cada comentador ascende um nível de metalinguagem.

13 – É muito interessante a possibilidade do próprio aluno criar as regras da escola.

14 - ...

15 – Comigo aconteceu diferente com que acontece normalmente com a maioria das pessoas, ao invés de 010 foi 101.

16 – Ao dar aulas é importante que o professor apague sempre o quadro.

17 – A racionalidade é má, porém para a racionalidade não existe maldade. Em todos os mundos possíveis o homem acaba se destruindo e para a razão isso não é nem bom nem mau, a razão não quer saber da ética (paradoxal por natureza) e sim da solução de problemas não aporéticos. A razão ajuda o ser humano a descobri o que quiser e imaginar. O instinto o faz usar as suas descobertas.

18 – Se um dia eu for professor farei um questionário onde as respostas corretas serão aquelas que diferem de todas as outras.

19 – Os temas mais interessantes para mim são:
a) O tempo
b) Identidade
c) Modalidade
d) Jogos

20 –

- Cara, você não vai acreditar.
- O que foi?
- Eu encontrei.
- Encontrou o que?
- Um belíssimo tango de 1967.
- Você gosta de tango?
- Claro... o tango representa as emoções de qualquer ser humano.
- Pra mim um tango pode até ser bom, dois ainda vai, mais não consigo escutar três em um mesmo dia.
- Para gostar de tango tem que haver um sentimento profundo, uma paixão. Você não liga para isso.
- Mas não tenho problema com tango e sim com tangos. Posso escutar e admirar tranqüilamente um tango, mas mais do que isso não dá.
- Posso então mostrar-lhe o “Bandala triste” de Raul?
- Claro porque não.
- .........?
21 –

Homens pelos quais a parte inteligente da nação lamenta quando morrem; que tem ou merecem um funeral público; que tendem a aparecer como personagens históricos em gerações futuras. Homens que atingem uma posição obtida apenas por 250 de cada milhão de pessoas ou 1 em cada 4000.


22 – De acordo com a filosofia de Leibniz, se Deus e as mônadas seguem em seus pensamentos as mesmas regras lógicas e ambos escolher de acordo com o melhor então podemos concluir que as mônadas pensam o que Deus pensa. Como deus é infinito seu pensamento determina o melhor para infinitas coisas. Neste sentido é natural considerarmos que Deus determina todos os acontecimentos e que exista ainda a liberdade. Essa razão ou regra racional, válida tanto para Deus como para nós, nos faz escolher a melhor das opções, seja vestir uma blusa branca ou vermelha, fazendo-nos agir conforme as determinações de Deus: “… pois elas [as ações voluntárias] não seriam praticadas se não se quisesse praticá-las. Também sua previsão e pré-determinação não são absolutas, mas supõe a vontade: se for certo que serão praticadas, não é menos certo que se quererá praticá-las. Essas ações voluntárias, e suas conseqüências, não acarretarão o que quer que se faça, queira-se ou não praticá-las, mas porque se fará, e porque se quererá fazer, o que conduz a elas. E isso está contido na previsão e na pré-determinação, sendo, de fato, sua razão. E a necessidade de tais acontecimentos é chamada condicional ou hipotética, ou ainda necessidade de conseqüência, porque supõe a vontade e os outros requisitos…” (Leibniz; Ensaios de Teodicéia).
23 – Eu visitei lugares escondidos de mim mesmo. É fácil demonstrar que não sou um idiota. Caso não consiga, então terei demonstrado que é possível um idiota enganar um suposto gênio. O certo é “não desisto” e “morrerei tentando”. O resto é conto para passar o tempo e fugir do tédio que é “existir sem saber o que isso significa”. No meio do nada o mais interessante é ser livre (para poder escolher entre uma falta de sentido e outra). Pouca coisa não é uma ilusão, mas jamais saberemos isso.
P. S. Mais pensamentos em metafísica sincera nos espera do outro lado da ponte (se é que é uma ponte).

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